terça-feira, 12 de agosto de 2008

Tom Do Viver

Tem certas palavras que soam de um modo muito agradável e tantas outras que saem soando como um furadeira ou um cortador de azulejos. Luiz Fernando Veríssimo tem uma crônica sobre isto e pode dissertar a vocês muito melhor que eu sobre o tema em questão. Palavras que saem super belas da boca, gostosas de pronunciar e outras que se arrastam pelo canto da boca até saírem por fim.

Mas tem palavras que soam bonitas ou importantes dependendo de como são ditas. Existem palavras extremamente vulgares e impróprias para o dia a dia comum, que se ditas de um modo certo, podem ser usadas em qualquer contexto, todavia o mesmo acontece com qualquer outra palavra por mais bela e sincera que seja. Ao ser dito sem vontade ou de modo pouco convincente pouco importa a realidade do sentimento por trás.

Um eu te amo pode ser horrivelmente cruel de ser escutado, não importa o quanto ele é sincero, por isso conversas on line se tornam tão complicadas. Não existe a voz, o tom que determina como aquilo é dito. Ser irônico ou sarcástico na internet pode ser uma grande perda de tempo e ainda tem o fato que vais parecer idiota.

Por isso não é o que dizer e sim como dizer, jargão antigo, mas de uma verdade imutável.

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