Muito cedo eu já entendia que a presença não era um parâmetro físico, no sentido de uma materialidade no ali e agora do presente que queima.
Meus amigos logo de supetão sentiram, no seu próprio conceito, a minha ausência. Enquanto a mim restava o entendimento da presença na ausência.
Estar presente nunca coincidiu com o 'bater do ponto' da amizade. Nunca quis amigos assim, e tão pouco ofereci este tipo de amizade.
Sempre fui muitos, e para atender a demanda das vozes em mim, busquei caminhos entre diversos amigos, corpos e copos.
Então assisti amizades silenciosamente esvanecerem no horizonte de uma nova mudança no eu.
E como eu, que mesmo entre tantos permaneci, houve entendimento de outros.