sexta-feira, 27 de junho de 2008

Foram-se Todos

É estranho como não existem mais gênios. Nenhuma alma geniosa, nenhum ser iluminado com a luz da sabedoria espontânea permanece mais neste mundo. Não entendo porque os últimos grandes gênios se foram e não vieram outros em seu lugar.

Cada geração com seus gênios e pensadores. Isaac Newton; Da Vinci; Michelangelo; Aleister Crowley; Fernando Pessoa; Van Gogh; Picasso; Adam Smith; Leibniz; Sócrates; Freud; Nietzsche; Einstein; John Lennon; Jimmy Hendrix; João Gilberto; Vinicius; Chico; Raul Seixas.

Mas hoje pertenço a uma geração sem gênios ou pensadores, tendo que no máximo aceitar Bill Gates como a grande surpresa de minha vida. O que bem resumido por um amigo: "ele é só um nerd!".

Fico intrigado com a percepção à flor da pele destes gênios. A definição, para mim, de gênio, é aquele que consegue vislumbrar coisas a frente de seu tempo e deixar provado que aquilo não é puro devaneio de um dependente químico. Digo que são dependentes químicos, mas não como destes que existem hoje em dia, que utilizam de drogas para ter alucinações e ter prazer em sua utilização. Mas sim porque as suas mentes estão completamente à frente de nosso tempo, e o que o mundo real oferece para estes não é o bastante, é necessário expandir os horizontes.

Ópio, heroína, ecstasy, cannabis, LSD, cocaína, álcool, tabaco, não importa. A sua utilização era puramente inspiracional. Não tinha apenas o intuito de sentir prazer, era parte do processo criativo. E todas a grandes mentes fizeram sua utilização, até mesmo aqueles que não são gênios, mas fazem parte da gama de pessoas que são dotadas de mais inteligência que as demais. A loucura e o desregramento são altamente ligados a inteligência. A inteligência não está nada ligada com a conservação da matéria física e sim a mental.

2 comentários:

Carol Matos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carol Matos disse...

Me fizestes sentir mais normal com esse texto, especialmente o último parágrafo... ;)

=***