quarta-feira, 2 de abril de 2008

Mansão Alvi Celeste

À toda a família Arruda, que sempre me acolheu como um dos seus membros.



É incrível como existem pessoas que você nem teve tanto contato, mas devido a serem parentes ou entes queridos de pessoas que você ama, acabas por sofrer na perda destes também, tanto quanto se fosse íntimo. É uma alheidade pessoal.

Há famílias que lhe adotam e você em contra partida as adota também. Se eu hoje, com 20 anos, sou o que sou é porque sofri várias influências durante minha vida, sou resultado destas. Fazem 15 anos que sofri a primeira grande influência da minha vida. O começo do convivio com minha família adotiva.

Dentro desta conheci eu melhor amigo, que há muito já deixou de ser amigo para ser irmão. Conheci “tios” e “tias” que já viraram “pais” e “mães”. Com eles tive pela primeira e única vez animais de estimação. Inúmeros carnavais na nossa búcolica ilha, e nunca, em nenhum momento, fui tratado com apenas um amigo da família, sempre me senti membro dela. Desde as primeiras “gazetadas” de aula com 5 anos de idade, no escritório do pai de meu grande amigo.

Lembro-me que na minha juventude fiz um curso de desenho e lá conheci uma pessoa que seria meu amigo até hoje, e como se fosse arte do destino lá estava mais uma vez o sobrenome que não é meu mas me acompanha há muito tempo. Assim conheci um grande amigo-irmão-primo. E lá rimos muito sobre um bendito abacaxi.

E com o tempo fui conhecendo cada vez mais esta família maravilhosa. Conheci então o tio-amigo-parceiro, que compôs comigo a maior parodia interminada da história, uma tal de “índia controlada...”. Por sinal, mosqueiro foi onde me acustumei a encontrar esta família, principalmente nos carnavais, na mansão alvi-celeste, que no fundo retrata esta família em si. Alvi, cor da paz, assim qual a sensação em se hospedar lá, assim como a família é tranquila, sóbria e feliz. Celeste, como o céu, bela, exótica e rara. Assim como a beleza de seus corações, sempre unidos como deve ser o coração de uma linhagem perfeita.

Carnavais em mosqueiro. Semana santa em salinas. Imaginando e rindo das pokébolas e escutando sem parar o cd da banda Sevilha. Copas do mundo juntos, em especial a de 2006. Perdemos, mas ganhei em companhias e amizades. Ao lado de um cara de whisky, comemoramos a vida e rimos do epílogo precoce.

Por isso digo, não sei se eles me adotam assim como eu os adotei. Mas onde me chamo, Luiz Alberto Vale de Moraes, poderia encaixar um Arruda facilmente, e mesmo sem o nome, no meu coração o nome Arruda bate há 15 anos sem nunca titubear.

Minha eterna devoção aos Arruda. Minha eterna 2ª família.

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