domingo, 6 de abril de 2008

Estrela Guia

Hoje, neste exato momento, nem sei que dia é. Sei que é domingo, que amanhã volto ao trabalho, à faculdade, para a minha rotina, onde tempo não é uma coisa da qual me dou o luxo de ter. Aqui parado na frente do meu computador preocupado se meu hd poderá ser salvo, decidi que queria escrever alguma coisa. Estava com uma idéia sobre Belém ser a cidade do saudosismo tardio, mas antes de botar esta idéia no papel, ou na tela como melhor convir, decidi escrever sobre o saudosismo tardio das pessoas, e não só as belenenses.

O ditado já dizia, só damos valor quando perdemos. Mais cedo ou mais tarde isto acontece, mas não é uma regra, porém há realmente certas coisas que só damos valor quando perdemos, ou então, achamos que estamos dando valor mas no fundo estamos apenas sendo possessivos e egoístas como todo bom ser humano é.

Ruim mesmo é quando percebemos que agora foi. Não tem mais volta. Pode ter todo o egoísmo, possessividade o que for, mas nada adianta, passou. Agora só outra. Vais ter que encarar a vida realmente sozinho. Porque antes, você estava só, mas sabia que ainda tinha com quem contar, ainda tinha aquele porto seguro pois a vida não tinha separado de verdade, porém agora tudo mudou. Acabou, é cada um pro seu lado e apenas aprender a conviver na mesma cidade, e pode se preparar mentalmente pra quando ver seu parceiro com outro, ai sim, vamos sentir se realmente já foi tudo o que tinha para ser vivido. Como disse uma amiga minha, "enquanto vocês ainda tiverem qualquer que seja o sentimento um para o outro não vai ter como se separar, vocês tem que viver tudo, raiva, emoção, ódio, até que nada mais exista e cada um possa seguir seu caminho".

O engraçado mesmo é que isso não é apenas para relacionamentos, é para tudo. Uma época que passou, uma chance perdida. Um grande amor não vivido por medo. Tudo isso se passar e não tiver sido aproveitado ao máximo, irá render uma saudade desnecessária. Uma saudade ruim, não a boa de que foi algo vivido com itensidade e do melhor modo.

Enfim, chego até o fim disto, que nem sei o que é que escrevo, são minhas idéias que às vezes viram conversa de bar, um papo furado, não sei bem definir para que é este blog. Espero acreditar que quando alguém lê isto elas ao menos sejam tocadas e as façam pensar. Porque isto não é um diário é algo que fiz para expor minhas idéias para ver se acho outros que possam vir a compactuar comigo.
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E como explicação ao título, digo que hoje, minutos antes de começar a escrever aqui, abri meu email, logo depois a pasta de lixo eletrônico - sempre leio o lixo eletrônico - e tinha um email da estrela guia, site de esoterismo que vinha com o seguinte assunto: luiz, amar é bom. Quase cheguei a acreditar que era uma mensagem para o meu medo de se entregar, para o meu individualismo que tantas vezes afastaram as pessoas, mas como não sou do tipo esotérico, apaguei o email e vim escrever este relato. E também já tinha dito antes em outro texto, o bom mesmo é se apaixonar, amar é outra história.

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