quinta-feira, 31 de julho de 2008

É Isso

Ela disse adeus. Ela se foi e eu nem disse adeus. Mas também o que seria mais um adeus no meio de tantas despedidas sinceras ou nem tanto? Seria apenas mais um que sentiria sua falta. Entretanto a falta que hei de sentir não é qualquer uma falta.

Não convivo, não sei de sua vida, nem acho que um dia saberei. Mas gosto tanto de saber que ela está ali, um tanto distante fisicamente mas na minha mente vive ao meu lado, como minha fiel escudeira, minha eterna companheira.

Tenho quase que plena certeza de que ela nem sabe que eu não me despedi. Existem muitas pessoas na minha frente para realmente ter o que dizer para ela neste momento. Nada de 'felicidades, sucesso, paz, vai tudo dar certo'; eu não iria querer me despedir se fosse para dizer estes mesmos lenga-lenga de sempre. Queria poder abraçar e dizer vai em paz, te amo e conta comigo. Não sei se isto soaria como deve, mas não importa.

Só não quero ser nenhum adeus como foram todos os outros. Todavia acredito que não me despedindo de você consegui ser um adeus diferente, um adeus ausente, o único que não era para ter sido.

Então: Adeus, vai em paz e eu te amo!

Um comentário:

Carol Matos disse...

Esse deu uma puta melaconlia... mas igualmente lindo! E o título, "É isso", carrega bem os sentimentos desse texto... traz um tristeza... mas um conforto também... um certo conformar-se... Muito bom!
=******