quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ciranda

Roda minha vida viva.

Será que rodará estimulada por lágrimas.
Será que sou um quase? 

Vou rodar.
Ciranda da vida.

De mãos dadas ou não, eu rodo.
Pra onde ainda não sei.

Nesta roda já entraram e saíram.
Odeio trocar de música.

Viva minha roda da vida.

É tão difícil continuar.
Rodar e chegar no mesmo lugar.

Ou quase o mesmo lugar.

Mesmo lugar, mesma música.
Mas cadê?

Vou rodar.
Tudo de novo. Mais uma vez.

Meia volta já dei. 
Qual o tamanho desta ciranda que eu tento regir?

É tão difícil dizer oi.
Ser natural com quem já rodou.

Quem passou ficou.
Quem fica ainda não foi.

Vou rodar e tentar conseguir.

Um comentário:

Carol Matos disse...

Também já pensei ser um 'quase'... um 'se'... odeio essas palavras diga-se de passagem...

Também já odiei a cirando...que eu chamo de 'roda da fortuna'... ela não depende de lágrimas ou sorrisos pra girar... ela simplesmente gira... só nos cabe aprender a dançar...

Continue dançando poetinha... uma hora elas [a ciranda e a roda da fortuna] hão de girar a nosso favor...

te cuida!

=******