quarta-feira, 3 de setembro de 2008

E(s)quinócio

Sempre sentado naquele mesmo banco daquela mesma avenida, parecia que nunca tinha nada a fazer, de modo simples e quase invisível aos transeuntes desta. De vestimenta ordinária, sempre com um livro ou revista à tira colo e um olhar em busca de algo que em todos estes anos nunca sequer cogitou achar: o amor irreal da perfeição. O amor por toda a vida. Mas como saber se este amor irá passar ali, naquela esquina, havendo tantas outras esquinas no mundo e tantas outras pessoas no mundo? Mas porque não passaria, o seu amor, naquela esquina, a sua esquina? Enquanto espera passar lê e fuma seu cigarro, com a calma de quem tem certeza que ele vai aparecer.

Do outro lado de tudo isto ela caminha altiva, leve e perfeitamente como um Sol que põe no horizonte. Tão independente não olha para os lados, não por se achar algo demais nem por querer mostrar superioridade, e sim, porque não precisa de nada, não está em busca de nada. Está em plenitude, se é que isto existe. Entretanto, não estar em busca de nada, não significa que se algo com qualidade for acrescentado ela irá recusar, afinal, a felicidade nunca será demais. Ela no momento procura um lugar para tomar um café e fumar um cigarro, mas não vê nada ao redor, decide então sentar naquela banco ali da esquina para ao menos fumar seu cigarro e descansar.

Um comentário:

Carol Matos disse...

gostei do título... mas a minha mocinha é mais legal heheheheheheehe

=*