sábado, 23 de fevereiro de 2008

Espirais de 22 de Fevereiro

Para Terry, com carinho.
Grande amigo, pensandor e filósofo urbano e de bares.
Como sempre, ao menos na minha vida, em todas as minhas reuniões com amigos, seja em casa ou um bar, chega em um ponto em que falamos da complexidade do amor. A dificuldade de se relacionar, e ainda mais a de respeitar as diferenças, o que acredito eu, é o maior problemas de todos, a falta de consciência para respeitar a individualidade alheia.
Ontem, 22 de Fevereiro, sentado com amigos em um bar aconchegante que sempre frequentamos, e alguns metros acima do sobriedade, enfim chegamos no assunto de relacionamentos. Terry, grande parceiro de viagens, tem um relacionamento invejável, baseado em confiança e respeito. Claro que acredito que ele deve brigar, mas as provas de confiança que já presenciei, compensam qualquer briga; estas são as brigas que valem a pena.
Discutindo, dando exemplos, pondo em cheque nossos traumas e troféus, chegamos à conversa que deu origem a este conto-relato.
É íncrivel como nunca percebemos, mas as espirais estão em todos os lugares do mundo. Você olha para uma água descendo o ralo, a descarga, os planetas em rotação - não verdade em rotação elíptica, mas vamos considerar devido ao contexto. Até a sociedade se encontra em uma Espiral Descedente segundo Trent Reznor, (Downward Spiral álbum do Nine Inch Nails que faz analogia a queda em espiral que a sociedade vem sofrendo, a sua decadência).
Logo, todos nós vivemos em espiral, imaginemos que somos planetas que damos voltas ao redor do Sol.
Cada um de nós temos nosso tempo para completar nossa volta ao redor do Sol, o nosso próprio clima, temperatura, gravidade e tamanho. Estamos ali em rotação perfeita, todos alinhados sem prejudicar nenhum terceiro, mas se de repente alguns do planetas venha a sair de rota, logicamente que ele vai causar atração em um outro. É a questão de você se movimentar, se mostrar, se preciptar e não ficar no anonimato. Quando os planetas tiverem bem perto eles vão botar à vista suas características, saber se seus ecossistemas combinam, se suas diferenças vão poder coexistir.
O certo, se existir realmente um certo, seria relacionar as caracterísitcas e se perguntar se elas podem exisitir daquele jeito, porque não é certo ninguém mudar, nem querer que o outro mude. Um relacionamento é para somar, fazer companhia, saber que ele é diferente,mas você gostou dele assim, porque querer mudar depois?
Tão poucos entendem isso. Um relacionamento é dar uma arma apontada para sua cabeça nas mãos de outra pessoa. É confiar, saber que ele vai ser sincero, não vai atirar por atirar e tão pouco vai deixar de atirar por pena.

Um comentário:

Lucas Friche disse...

Fala low!
bacana seu blog. Bem poeta!
da uma olhada depois aqui:

www.lucasfriche.blogspot.com

É velho, mas vc ainda n viu, então tá valendo!

parabéns!
ae