sábado, 30 de abril de 2011

Ad Eternum

O seu perfume é o único ato falho da minha memória seletiva, faz você vir a tona quando já está decidido que eu não quero saber do tempo, não quero decidir o motivo, quero ficar preso no espaço paralelo, no limbo entre o prospectar e a vida real. Quero entender o hoje como o único momento, pois se já é tão complicado meramente existir, que dirá existir e pensar no por vir. Queria que os amores fossem iguais, vamos tentar apenas ser felizes, o que já não é tarefa besta; queria que as noites fossem oníricas, que os corpos fossem nuvens ao invés de chumbo, queria não pensar no cigarro para evitar o carinho, queria ter sono à ter a obrigação de dormir. 

Enquanto a valsa segue é olho no olho.

3 comentários:

Carol Matos disse...

"queria não pensar no cigarro para evitar o carinho, queria ter sono à ter a obrigação de dormir."

Vanessa Souza disse...

iguais e singulares.fe

Manuella Epaminondas disse...

Insispirador!!!
Parabéns

http://manunatureza.blogspot.com/