Não há nada mais belo que crianças curiosas, com aquela sede de novo, vontade de desbravar os mundos ainda desconhecidos. Crianças que descobrem com alegria a mais simples invenção, como se fosse a maior de todas, totalmente diferente dos adultos, que não já não tem mais o brilho da descoberta nos olhos, começam a ver tudo como papéis, obrigações, sentimentos tristes, como se esta simplicidade não os mais tire de sua inércia.
Hoje aqui em minha casa, estava uma bela mocinha que não passara dos 7 anos, ele brinca pela casa, dá o ar de alegria juvenil que toda casa precisa, de repente ela entra na biblioteca de casa, onde eu estava parado conversando com minha irmã, esta que nem percebeu o que eu vi, espero que minha irmã não tenha já perdido o brilho dos olhos sobre as crianças. Estava eu de costas para a criança, de repente vejo ela começar a olhar tudo com alegria e pequenas risadas em um antiga lupa de leitura que está na estante.
Lembro-me de Gárcia Márquez, quando Aureliano Buéndia no momento final de sua vida recorda de seu pai o levando para ver a primeira vez o gelo, lembrança esta que ele nunca esqueceu. Assim eu a vi, feliz, indo chamar sua mãe para ver a nova descoberta, um vidro mágico, que ao olhar através deste o objeto do outro lado fica maior e mais próximo. Nada mais lindo, fiquei deveras emocionado.
Espero que ela nunca esqueça da primeira vez que tenha visto uma lupa, espero que esta curiosidade nunca seja perdida que ela não vire um adulto sem o espírito da criança. O importante é ser adulto com a vivacidade das crianças, vivendo com emoção a cada instante, sempre vivendo uma grande aventura.
Quisera eu que ela olhasse-me com a lupa dela e visse bem de perto se eu ainda tenho em algum lugar esta criança que tanto invejei hoje.
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