quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Naúfrago

A transfomação das almas.

A retribuição das dores.

O arrependimento tardio, a vontade de esqueçer.

O medo do inacreditável.

A desconfiança amorosa.

O pensar racional, a loucura do amor.

Acreditar no futuro.

Medir o tempo passado.

A estrada vai, as eras regressam.

O reumatismo do coração.

As rugas do amor cansado.

Sentimentos com olheiras, emoções na UTI.

Cheiro de sexo e fumo.

Suor e pele ardente.

Prazer, medo, delírio e orgasmos.

Corpos à luz do eclipse.

Gritos e sussurros no vácuo.

Futuro certo.

Bom e errado.

Qual destes é o certo?

Trinta e nove anos.

Metade não me importa.  

A outra metade já me cansou.

Infantilidade é foda.

Viver em água corrente.

Um rio de frivolidades.

Ainda navego nas mesmas águas.

Outro barco, outro remo.

Um naufrágo.

Resgate não vi.

Eu fiz natação.

O gosto de sal na boca.

A pele grudenta e queimada.

Braços, vários deles.

Nenhum parece torcer.

Boca fechada.

Ouvidos tapados.

Chegou a hora do troco.

Ponte alta.

Queda rápida.

O necessário não é aceitável.

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