quinta-feira, 29 de março de 2018

Ritual Oculto

Sinos enquanto as pernas gotejam de vontade
em cima de anjos profanos que são tudo e de repente
não são mais nada.

Encantamentos, papiros e cachimbos no encontro
do bode
o escorpião
e o sapo.

Estamos ébrios.

Os dedos e as patas e os cascos tocam, aceitam e recusam,
São choques, são nuvens, são sorrisos calados,
São passos nervosos, são venenos que curam,
são limpeza, independência, possível depêndencia.

Não dispenso.

Mesmo sem saber por quem os sinos dobram,
Faço.
Faço so pela certeza ainda excusa que precisar ser,
Não consigo entender a magia sem pensar no processo. 

Corre o rio que deságua em mar,
Corro  risco do vicio.

E mais...

Você é meu porteau
Tua insegurança alimenta meu medo.

Armei a tenda de maneira confusa.

Não consigo decifrar teu olhar,
Entro de cabeça, vou fundo, me falta o ar,
volto a superficie e ainda sem respostas quero mais.

Teu toque abrem sorrisos
teu cheiro lança pela extratosfera meus desejos da terra.

Quero o que não é.

Ainda sou figa.

Quero mais. 

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