terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Banhos e Banquetes

Amarraram os pés dos meus pensamentos no tronco daquela misteriosa árvore. 

Quando acordei com os pés presos, eles já não tinham amarras, e meus pensamentos já haviam subido ao galho mais alto.

Minhas mãos já conheciam o caminho. Dois oceanos em seu rosto, duas montanhas em seu colo, constelações e flores no abdômen até o desaguar no seu ventre.

Decidi então mapear com minhas mãos e agora de olhos fechados sinto seu cheiro e perfeitamente descrevo seu corpo.

Decidi que iria me entorpecer de você. Enebriar até os poros entupirem. Até sentir minhas mãos grossas e meus pés dormentes.

Me afogar em você.

2 comentários:

Karol Amaral disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Exato. Suas mãos conhecem o caminho. Caminho que se abre e se floresce cada vez que você chega, deixando tudo mais desesperado e bonito ao mesmo tempo. Me pergunto como pode caber tanta suavidade numa só pessoa. O céu azul deixa seus olhos claros, que penetram em minha alma como se soubesse o que vêem. Subitamente te atribuo o cheiro, o gosto, a cor. Suas Mãos macias me tocam e seus pés enrugados do frio me envolvem. É como se o oceano tomasse conta de nós e fizesse com que toda aquela imensidão azul fosse só minha.Vem, chega mais perto, o mar é cheio de montanhas e constelações e flores. E poros.