terça-feira, 6 de setembro de 2011

Seis Do Nove (69)

Naquele tarde quente, quando o mal humor já tomava conta dos corpos, o meu peito já desnudo e meu corpo já prostrado se recolhiam e tentavam buscar a melhor posição bem em frente a única passagem de ar da casa. Sabe quando o calor ataca o pescoço, faz  com que o menor dos movimentos provoquem calores em outras áreas, como um lençol curto que não cobre o peito e os pés aos mesmo tempo. Mas ali, deitado no sofá, veio-me a lembrança da última vez que um calor desse atacara minha tarde, foi quando conheci  Flora, filha de uma conhecida da família, fui incumbido, talvez pela quase mesma idade, talvez por acharem que nós daríamos bem, coisa que realmente aconteceu logo de cara. Ao ser apresentados estava de saída para encontrar uns amigos e a chamei, que por sua vez aceitou de prontidão. Fomos pegar meu carro  e quando entramos logo de cara ela tirou um baseado de maconha já apertado da bolsa, o  que já e fez abrir um sorriso, uma mulher que fuma tem o seu valor creditado por mim, ainda mais quem fuma e ainda coloca o fumo.

Dando um balão pela cidade, a conversa fluía, nós dois já em uma irreverência cannabica o assunto não acabava: música, arte, drogas, festas, lógico que tudo parecia muito boêmio, mas esta foi a paixão que descobrimos em comum, a falta de amor pela sobriedade chata. Claro que nesta tarde calorenta de Belém,  tudo se sucedeu muito bem, encontrei meus amigos, apresentei a Flora a todos eles, que logicamente fez muito sucesso, mas nada disso tem muita importância nesta tarde de calor infernal. Evidente que estas linhas são apenas relatos diminutos de uma longa bebedeira e muita fumaça entre caretas e estupefaciantes, dança, risadas, merdas, conversas sobre sexo, sacanagem, cu,  pau, buceta e tudo que se preze em uma bebedeira entre amigos íntimos.

Claro e evidente que durante esta boemia, mãos aos joelhos, sorrisos e olhares furtivos, por debaixo da mesa as mãos se davam, largavam, avançavam por entre suas duas pernas, mas não como safadeza, e sim como indicação do que realmente era o que ambos queriam, uma confirmação, colocava as mãos no limiar entre abuso e provocação, apenas  para receber aquele olhar do 'aqui não'. E então foi o que fiz, saí do aqui, decidi voltar para casa, ela perfeitamente entendeu, voltamos ao carro, antes de qualquer coisa nos agarramos sem dizer. Beijava violentamente meu lábio inferior, puxava, mordia, me enchia cada vez mais de tesão, sabia que ali meu pau já estava rachando por ela, quando finalmente invadi com minhas mãos o meio de suas pernas, percebi, por meus dedos molhados, que o tesão era mútuo.

Não perdi tempo. Me portei como homem, primeiro o prazer dela, o que na verdade no meu caso é mais da metade do meu prazer, nada melhor que ver um mulher gemendo, com as pernas bambas, arranhando minhas costas de prazer, sei o quanto para certas mulheres gozar é difícil por isso ali mesmo no carro já massageava seu clitóris, não com força, mas o suficiente para desabar no banco, naquela fase do não querendo dizer continua, mas quando escutamos um barulhos no estacionamento realmente paramos, decidimos que não tínhamos porque fazer aquilo ali, então preparamos mais um baseado e voltamos dando um balão, para minha casa.

Eu amo meu sofá na verdade. Grande destes sofá chase, o que faz dele uma enorme cama. Desta vez, mais bêbados e mais chapados, chegamos com tudo, como diria a canção, entrelaçando paletó e vestido, aquele desespero por saciação. Quase que no elevador já dávamos uma rapidinha, mas a câmera não tinha ponto cego. Mas voltando ao sofá. Já os dois completamente desnudos o calor carnal e meteorológico tomaram conta de nossos corpos, beijava seu pescoço, acariciava seus seios, naquele estado iria dedicar-me a estas preliminares como nunca, e para este relato não parecer um livro de educação sexual, iremos diretos aos fatos.

Enquanto beijava sua boca,  massageava seu clitóris alternando com leves penetrações usando os dedos, neste ponto ela já estava toda molhada, gemendo baixinho, mordendo os dedos, seu corpo já pedia a entrada do meu sexo no seu, mas ainda tinha muito o que acontecer. Desci lambendo seu colo, seu tórax, barriga, e enfim parei entre suas pernas, lambendo suas coxas, enquanto arranhava sua barriga, quadril, lambia sua vagina, por fora, beijava a parte externa, invadia sua xana com minha língua dura, entumecida, mordia seu clitória, chupava entre os dentes, neste momento ela já se contorcia sem controle, apertava minha cabeça com suas coxas, tentava me tiposição já canavarar de lá em um impulso de prazer torturante, mas eu, mais forte, segurava seu corpo com minhas mãos e continuava, lambia, metia o dedo, chupava, mordia, tudo junto ao mesmo tempo em alternância fez ela gozar em um urro, esticar suas pernas, senti seu corpo desabar, e ela pediu por favor para não continuar.

Sorrindo para ela, com aquele ar de quem conseguiu o que queria, ela me chamava de safado, e dizia que agora era minha vez, me empurrou de maneira que fiquei com as costas no sofá e com o pau duro à sua disposição, meu beijou carinhosamente e já se dirigiu a ele, me chupou com poucas me chuparam, poucas mesmo, pois tenho na memória dentre tantas, apenas três que me fizeram gozar com um boquete. Mas mesmo sem me fazer gozar, afinal cerveja e maconha dificultam as coisas um pouco para os homens, que boquete. Chupava meu pau, minhas bolas, batia uma punheta, engolia tudo, como se fosse se engasgar, depois de minutos de loucura orgásmica, ela subiu em mim, não ajoelhado no sofá, mas de cócoras, de maneira que quando colocou meu pau dentro dela, ela conseguiu um ritmo alucinante, cavalgava no meu pau, pedia para falar sacanagem, chamava ela de puta, ela me batia, eu pedia mais forte na cara, ela prontamente obedecia.

Quando a posição já cansava a ela, que fazia todo esforço, ela pediu para comê-la de quatro, posição que confesso é meu ponto fraco, não sei o porque, mas é um fato comprovado na minha vida. Devorei, comi com gosto, puxava seu cabelo por trás, mordia sua nuca, enquanto sussurrava verdadeiras obscenidades, neste ponto o calor já tomava meu corpo, o suor escorria meu peito, minhas costas, o sexo se tornava sujo, mas entende-se sujo pois aquilo já deixava de ser sexo, amor, era uma verdadeira foda. Quando finalmente gozei, após algumas horas de sexo, desabei sobre suas costas, cai ali mesmo, nem conseguia tirar meu pau de dentro dela. Nunca mais a vi. Nunca mais sua família apareceu, parece que se mudaram para o estrangeiro, mas não sei, mas também não preciso.

Naquele tarde quente, quando o mal humor já não tomava conta dos corpos, o meu peito já desnudo e meu corpo já prostrado, lembrei-me daquela morena, que comi de quatro e que me faz lembrara dela em todas as minhas tardes quentes.