quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Des-sofrer

Virar o rosto, o sono que consome após o ato, a falta de respeito pelo sentimento alheio, o não amor, o grito do fisiológico, a falta de sentimentos, o não ligar, sem falta, sem vontade, sem altos, sem baixos, sem emoções, sem alegria e sem dor. A falta de saudades, não ter saudades, uma solidão assimilada como aquele velho sentimento da solidão da multidão, do soluço escondido, do grito no travesseiro, um grito solitário, calado pela solidão, nem bem nem mal, com o peso e a dor de apenas...viver. 

Ao invés de apenas viver prefiro sofrer por amor...o problema é o amor, necessito de uma decepção, um par de borboletas no estômago, uma distância, uma dúzia de nós na garganta, quem sabe três olhadas ao chão, um pigarro, um suor nas mãos, um rodeio, uma lágrima, um sorriso, um começo e um final. Nada como sofrer por amor.

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