quinta-feira, 25 de junho de 2015

Presente

Hoje eu acordei pensando,
Na dúvida,
se daria amor ou o mundo ou o silêncio de quem já falou demais.

Na efêmera vida,
quis te dar presentes,
Não embrulhos ou regalos.

Decidi te dar momentos presentes.

Quero te dar momentos reais,
No mistério da vida, só temos o presente,
E é ele que decidi te dar.

Quem eu sou hoje,
agora,
o sentimento que corre em mim neste momento de enebriamento.

Este é o melhor que posso ser/querer,
O sentimento integral do agora,
Dos corpos unidos, dos olhares encontrados,
Da preguiça e da dificuldade de ser tão fácil.

Decidi te dar o agora,
A realidade do pavio que queima,
O vicio que consome e abstém.

Decidi te dar o presente.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Permitir

Sempre acreditei nas esquinas,
Nos encontros e nos desencontros.
Nos cinzeiros cheios,
Em Sofia e Fernando.

Agora eis que me encontro na esquina,
Parado, mudo, sem saber como agir,
Já me perdi, mas ajo!
Sorrio, beijo e suo e falo.

Não quero jogar,
Também sou medo,
Mas jogar toda essa intensidade em você?,
Preciso apenas viver.

Um passo, uma gota, um sorriso por vez.
Eu grito e aviso, "vou desligar a razão!",
Sou terra, também sou Dionísio,
Sou amor a beira do precipício.