segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sol Hârmonico Amarelo

No despertar, a visão não era turva, os olhos claramente enxergavam o que desejavam. O amor era puro, os sentimentos diretos sem desvios, o coração foi doado na íntegra.

"Eu te amo.."
[...]
"É sério mesmo...?"
"É....   "

Mas o amor nem sempre salva todas as relações, mesmo porque o excesso de amor pode ser o causador da distância entre o amado e amante. Um fim transforma todo mundo. O amor, a pureza, o excesso, se torna frieza, a armadura daqueles que já sofreram por amor. O medo de doar, de ser alguém que vai sofrer...novamente. Sem saber que a dor do amor nunca cessa, apenas apazigua. 

Um pedido ao entardecer:

"Sabe tocar esta música?"

Mesmo sem saber tocar a música, a partir daquele momento e nos anos que se seguiram, foram expostos sentimentos, confissões, lágrimas, músicas, esquinas, conversas, poemas e um amor que nunca se formou como um dia sonhado. Não há dor ou sofrimento, há um amor tão verdadeiro que até uma distância física e pontual jamais mudará a torcida por uma felicidade maior.

"Você é minha primeira mulher...de verdade..."

Naquela noite com você eu aprendi o que é um relacionamento. Neste pouco mais de um ano nós fomos um sonho vivo de uma felicidade única e poucos me decifram hoje como você, sabem identificar na menor entonação a felicidade ou o desprezo. Do grande amor real para uma amizade que sobrevive com respeito e uma verdade que poucos ex's possuem. Saí da ilusão de um amor de menino, para com você crescer. Com você o amor voltou na realidade, a frieza foi embora, o peito se abriu e se hoje ainda me mantenho assim aprendi com você.

No meio de tantos outros amores, amei a Lua. A minha Lua de todas as madrugadas, de inspiração diária, da felicidade gratuita, que eu sabia que não era apenas mais um amor das esquinas. Eu estava indo além novamente. A dor de não conseguir ser seu agora não mais teve como resposta a frieza, a compreensão que tudo são escolhas entre duas pessoas, fizeram a tristeza do amor ser entendida como longe de ser a última e não tão dolorosa quanto a primeira.

Após o amanhecer, a tarde, a noite e a madrugada, nasce outro dia. E neste novo amanhecer, entre cores lisérgicas, você surge.