quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sistemática Do Amor De Poeta

Gosto tanto de gostar, que ás vezes acho que eu amo mais o sentimento. Gosto de ser a palavra que acalenta, a mão que segura, o abraço que aperta, e não que haja uma desgosto pela pessoa, mas o sentimento pelo amor é maior que por qualquer sujeito.

Quando ela entra no meu jogo preciso que ela me tire da inércia, que machuque meu consciente, cegue meus olhos e me faça andar tonto. Preciso que ela me faça derrapar no eixo do meu, até então, suposto plano perfeito.

Só decido que sempre vale a pena tentar. O amor sempre vale a pena. Se der errado eu sei que existe mais amor em mim que amores no mundo, e se os amores não forem atrativos, existe os 'quase amores', as pessoas que precisam de qualquer amor. É um sistema de relacionamentos, onde existe o amor, os amores, os amadores, que entende-se como aqueles que amam em vez de serem amados, e por fim os 'quase amores', que serão sempre aqueles que escutam: "mas você é tão bonito; você é uma pessoa boa, vai achar alguém que vai te dar valor". 

Entre os amadores estão os que amam os amores, e os que amam o amor. Os que amam o amor, são doadores universais que vão sempre amar aqueles que precisam de amor, mas com a esperança de que quando o amor for retribuído, pois é certeza entre este grupo que eles se arriscam, algumas das vezes o amor pode não ser retribuído, ou seja, a jornada tem um prévio fim, mas faz parte destes arriscarem isso sem medo, eles esperam encontrar a musa que vai lhes tirar do eixo, que vai lhes fazer entrar em curto.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Encaro

Sabe aquela dor? A do amor.
Aquela que vicía? A de tatuagem.

Esta que me toma, que consome.
Como poderei amar com tanta dor que não me chega?

Como amar sem a dor de tentar?
O martírio antes do beijo sufocado?

Sufocado pela razão,
Anseia o momento: a paixão.

Já não quero ir,
Vou viver com recalque sem fingir.

Senão for hoje ou amanhã,
Mas os dedos vão perder vergonha,

Encarar o amor até o fim do pudor.
Ter a dor com a certeza do amor.

E só pra mim:
Je vais vous essayez

terça-feira, 13 de abril de 2010

Declaro

A cada dez minutos com você, são dez minutos que se passam para algo muito maior. São dez minutos que se passam de angústia em busca de um desejo maior. Um desejo de estar com você como um total, a busca de alívio no peito, de ter você mais do dez minutos, mais que dez por cento, mais do que sete dias da semana, mais que 24 horas por dia.

A cada abraço, a vontade de me desfazer em moléculas e me unir a você, em não ter que me afastar, em não ter que evitar sua mão, evitar sua boca, evitar me perder no seu perfume, em não me deixar levar pelo momento que paralisa e que quero tudo se dane, porque é isso que quero, que o resto se dane e eu possa ficar com você.

Que os abraços não terminem, que o perfume me embriague, que o sorriso me ofusque, que as mãos sejam magnéticas, mas que tudo isso venha após os dez minutos; pois que eles virem vinte, trinta, dias, noites.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Só o Começo

O que se passa com as borboletas?
Porque o rebuliço? Porque tanto juízo?

Vamos nos perder no traço dos dedos,
Nos braços dados, nos abraços negados.

O paradoxo do amor:
O frio da barriga aquece o coração.

A lua, a chave, a tela, a cor, o amor, as canções.
Ora que se vá todas as inibições;

Que seja celebrado a dança,
Que venha o beijo no olho,
A faísca do olhar,
E que a próxima desculpa seja por te querer demais.

domingo, 11 de abril de 2010

De Manhã

No momento. No dia. Na hora. 
Sempre cheio de marcações temporais. 

Pensar em si é egoísmo? Para ser feliz tem que ser egoísta?
Onde o egoísmo e a felicidade se cruzam?

A complexidade humana e seus anseios sentimentais, fazem os olhos se perderem, as mãos se encontrarem, os sorrisos fugirem, mas a cabeça nunca esquecer. Tão cheia de você, tão em você, que vislumbro em cada olhar, mão ou sorriso.


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Querer

Não consigo separar as saudades que sinto da razão que escorre do peito.
Se a razão tende a ir embora ela só pode ir através do coração,
O caminho mais rápido quando as saudades que não deveriam já estão.

Eu não poderia dizer, mas também não pedi para ser o eleito,
Quando eu tento fingir uma naturalidade forçada,
Digo para o espelho que você não pode ser por mim amada.

Escutar as canções do estado passado,
Fazem sonhar com o amor,
Não fechar os olhos por pecado.

Assim os olhos se perdem após se encontrar,
O abraço é vindo de um velho motor,
Em vontades sem poder acreditar.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Impróprio

Quando as águas já cobrem os pés,
A roupa ensopada já causa calafrios,
O cais que me parece seguro não deveria ser,
O porto não é seguro para mim, mas a insônia é maior.

O barco segue cego rumo à terra,
Invadindo terrenos irregulares,
Que engolem minha calma,
E fazem os animais despertarem em meu peito.

Olhos abertos em escuridão total,
Em contornos desejados,
Em devaneios neuróticos.

Não sei se é de todo mal,
Ter desejos filtrados,
Por sentimento impróprios.